Eu Sou 100% Meu Filho
A maternidade vem para nos mostrar a maravilha de gerar uma nova vida, de conhecer o amor na forma mais pura e verdadeira, de ser mãe. Com ela também vem os conflitos de emoções que fazem parte dessas novas experiências.
Muitas vezes, nem percebemos como estamos favorecendo e privilegiando as relações com nossos filhos ou filhas, e a dinâmica da família acaba se estabelecendo dessa forma. A criança sendo favorecida, tendo um lugar privilegiado que, em muitos casos, pode prejudicar seu desenvolvimento emocional. Perceba se você, mãe ou pai, acredita que só você sabe como o banho deve ser dado, ou que só você sabe como é preciso falar com a criança, e se vê fazendo parceria com a criança em vez de estabelecer parceria com seu cônjuge. Seguem alguns exemplos de que isso pode estar ocorrendo aí na sua casa:
A criança determina o restaurante onde a família vai comer.
A criança determina o lugar do pai e da mãe na mesa.
A criança tira o pai da cama para dormir com a mãe.
A criança não permite a aproximação do pai, afastando os dois.
Nisso tudo pode estar escondido um sentimento inconsciente de que “Que bem que meu filho(a) me ama” ou “Sou importante para alguém”, mas esse caminho só afastará você de auxiliá-los na autonomia e independência na fase adulta. Essa relação estreita de que a criança acredita que a mãe é dela não tem nada de saudável, pois exclui o pai do lugar que é dele e que é de extrema importância para a formação da criança.
Pai e mãe têm papeis e funções distintas na formação de seus filhos e filhas e elas são igualmente importantes. Nenhum de vocês é mais importante que o outro, e quanto mais você estiver consciente e investir no equilíbrio dessas relações, mais coerente e saudável a criança se desenvolverá.
Isso pode levar a criança a ter dificuldades relacionais, não ter amigos, ou ter poucos amigos; começar a desenvolver raiva do pai ou da mãe, se revoltar por não ter liberdade para sair dessa relação, insegurança, dificuldades para resolver seus problemas, dificuldades em fazer escolhas, entre tantas outras questões.
Veja o que você pode melhorar:
Superproteção - Superproteger uma criança pode levar a uma falta de confiança e independência. Permita que seu filho ou filha enfrente desafios apropriados para a idade, aprendendo a resolver problemas e a lidar com frustrações. Isso inclui não fazer tudo por eles, mas guiá-los e apoiá-los enquanto tentam fazer as coisas por si mesmos.
A criança se torna o centro - Se a criança estiver sempre no centro das decisões da família, ela pode desenvolver um senso de egocentrismo. Tente equilibrar as necessidades e desejos de todos os membros da família. Estabeleça que algumas decisões são feitas pelos pais e que nem sempre as preferências da criança serão atendidas. Ensine a importância de considerar os sentimentos e necessidades dos outros.
Qual é o lugar do pai - É fundamental que o pai tenha um papel ativo e visível na vida da criança. Isso inclui desde participar das rotinas diárias até tomar decisões importantes. O apoio mútuo entre os pais fortalece a estrutura familiar e dá à criança um modelo de relacionamento saudável. As crianças precisam ver que ambos os pais são figuras de autoridade e carinho em suas vidas.
Arrumando as relações na casa - Estabeleça limites claros e consistentes. Assegure-se de que todas as interações sejam respeitosas e que todos os membros da família sintam que têm um espaço seguro para expressar suas necessidades e sentimentos. Encoraje a comunicação aberta entre todos os membros da família, e trabalhem juntos para resolver conflitos de maneira construtiva. Lembre-se de que os pais são os principais modelos para seus filhos, então demonstre um relacionamento saudável e equilibrado.
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